Apresento-lhes o relato histórico de Judy Wallman, pesquisadora estadunidense na área de genealogia:
Durante pesquisa da árvore genealógica de sua família, Judy Wallman deu de cara com uma informação interessante e curiosa. Um tio-bisavô, Remus Reid, era ladrão de cavalos e assaltante de trens. No verso da única foto existente de Remus (em que ele aparece ao pé de uma forca) está escrito:
"Remus Reid, ladrão de cavalos, mandado para a Prisão Territorial de Montana em 1885, escapou em 1887, assaltou o trem Montana Flyer por seis vezes. Foi preso novamente, desta vez pelos agentes da Pinkerton, condenado e enforcado em 1889."
Acontece que o ladrão Remus Reid é ancestral comum de Judy e do Senador pelo Estado de Nevada, Harry Reid. Então Judy enviou um e-mail ao Senador solicitando informações sobre o parente comum. Mas não mencionou que havia descoberto que o sujeito era um bandido. A atenta assessoria do Senador respondeu desta forma:
"Remus Reid foi um famoso vaqueiro no Território de Montana. Seu império de negócios cresceu a ponto de incluir a aquisição de valiosos ativos eqüestres, além de um íntimo relacionamento com a Ferrovia de Montana. A partir de 1883 dedicou vários anos de sua vida a serviço do governo, atividade que interrompeu para reiniciar seu relacionamento com a Ferrovia. Em 1887 foi principal protagonista em uma importante investigação conduzida pela famosa Agência de Detetives Pinkerton. Em 1889, Remus faleceu durante uma importante cerimônia cívica realizada em sua homenagem, quando a plataforma sobre a qual ele estava cedeu."
É curioso analisar como o interesse político é capaz de desviar totalmente uma informação (comunicação). A interpretação do relato feito por Judy Wallman pode ser dissecada da seguinte maneira:
O desvio comunicativo feito pela assessoria do Senador Reid manteve alguns pontos em comum com o texto original escrito por detrás da única foto existente de Remus. Por mais que o interesse político estivesse presente na resposta dada a Judy, o conteúdo do informativo manteve as datas, os locais e as instituições mencionadas tal como estava no texto original. Sendo assim, fica aparente a intertextualidade interpretativa entre as duas "verdades" opostas. Quando o fato parece distante, o que nos resta é a interpretação. Talvez seja apenas isto que sobra.
Durante pesquisa da árvore genealógica de sua família, Judy Wallman deu de cara com uma informação interessante e curiosa. Um tio-bisavô, Remus Reid, era ladrão de cavalos e assaltante de trens. No verso da única foto existente de Remus (em que ele aparece ao pé de uma forca) está escrito:
"Remus Reid, ladrão de cavalos, mandado para a Prisão Territorial de Montana em 1885, escapou em 1887, assaltou o trem Montana Flyer por seis vezes. Foi preso novamente, desta vez pelos agentes da Pinkerton, condenado e enforcado em 1889."
Acontece que o ladrão Remus Reid é ancestral comum de Judy e do Senador pelo Estado de Nevada, Harry Reid. Então Judy enviou um e-mail ao Senador solicitando informações sobre o parente comum. Mas não mencionou que havia descoberto que o sujeito era um bandido. A atenta assessoria do Senador respondeu desta forma:
"Remus Reid foi um famoso vaqueiro no Território de Montana. Seu império de negócios cresceu a ponto de incluir a aquisição de valiosos ativos eqüestres, além de um íntimo relacionamento com a Ferrovia de Montana. A partir de 1883 dedicou vários anos de sua vida a serviço do governo, atividade que interrompeu para reiniciar seu relacionamento com a Ferrovia. Em 1887 foi principal protagonista em uma importante investigação conduzida pela famosa Agência de Detetives Pinkerton. Em 1889, Remus faleceu durante uma importante cerimônia cívica realizada em sua homenagem, quando a plataforma sobre a qual ele estava cedeu."
É curioso analisar como o interesse político é capaz de desviar totalmente uma informação (comunicação). A interpretação do relato feito por Judy Wallman pode ser dissecada da seguinte maneira:
Texto 1 + texto 2 - Sem coesão e coerência: análise somente da intertextualidade e não da forma gramatical...
O desvio comunicativo feito pela assessoria do Senador Reid manteve alguns pontos em comum com o texto original escrito por detrás da única foto existente de Remus. Por mais que o interesse político estivesse presente na resposta dada a Judy, o conteúdo do informativo manteve as datas, os locais e as instituições mencionadas tal como estava no texto original. Sendo assim, fica aparente a intertextualidade interpretativa entre as duas "verdades" opostas. Quando o fato parece distante, o que nos resta é a interpretação. Talvez seja apenas isto que sobra.
Agora você disse tudo!
ResponderExcluirnão tenho o que comentar hsuahsua
só que ficou ótimo,como sempre =D
beijos
Genial Edu!
ResponderExcluir=]
Day.
da-lhe!
ResponderExcluirPilantröpóv
Fala veio.
ResponderExcluirParece-me que é muito comum essa manipulação social desde tempos atrás.
Tema muito bem suscitado como sempre.
Abraço.
Opa, irmão!
ResponderExcluirTudo bem?
Verdade, essa manipulação de caráter psicossociológico é algo recorrente na história. É sempre bom abordar tais temas...
Um abraço,
E.B.