sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Produzir...


Chove-chuva

A chuva começa a tressaltar
Aos olhos de quem só quer chorar
Voraz e profundo é o sentimento
D’um canto que per si é só lamento

Vivificar as vozes d’este soneto
Pr’uma noite o som poder apaziguar
E bendizer ao coração n’este momento
Que nada fica n’uma espera a violar

Tratar o novo como o velho que se foi
Destino solto foi-se embora e disse “oi”
Vem n’esta hora d’uma vez sem remedar

Pode agora escolher uma fração
A qual não vê um velho ardor no coração
Pois sente tudo novamente a melindrar


Eduardo Bento,
sexta-feira, 08 de fevereiro de 2013

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