Tautologias
(Eduardo Bento)
As mesmas falas,
O mesmo orgulho.
As mesmas caras,
O mesmo barulho.
As mesmas marcas...
As mesmas palavras;
Quantas mesmices em poucos versos.
Quantos versos neste mesmo lugar;
Abruptamente esquecemo-nos de
criar,
Delituosamente começamos a
ignorar...
Mas o que há de certo em
compreender o incerto?
E o “impensar”,
É o não-pensar desastroso de quem
tem preguiça de cogitar?
Cogitar? Quantos versos, quanta
mentira...
A rima já não é mais tão sobresselente
E excelente é este fardo que
carregamos sem amar.
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