quinta-feira, 23 de agosto de 2012

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Menino-homem, máquina;
Maquinário sujeito a tudo, objetificar...
Obstruir e construir: eis o reino das engrenagens,
Que engendra a maior das miragens

Homem-máquina, mulher-flor...
Destino sem dor, cólera e clamor;
Divino amor sem métrica nem rima
Palavras soltas ao vento: produzir!

Versos brancos, cegueira escura
Mensurar os bancos: guardar, economizar;
Minimizar e maximizar o não-ser.
Deletar facilmente o que não se pode reverter...

Viver? Deixar o tempo passar e reproduzir;
Não hei de ser senhor
Daquilo que não se pode determinar...
Muito menos controlarei a dor:
Ardor de viver sem espaços...

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