sexta-feira, 24 de setembro de 2010
Nascente
Eis aqui uma das músicas mais diretas e simples que, desde muito pequenino, eu escuto com muita atenção e paixão.
Beto Guedes é um artista que tem a sua métrica própria - tão singular quanto positivamente "estranho" -, com uma melodia inigualável.
As belas palavras dessa canção não precisam ir além de seu significado singelo, por mais indistinguível que possa parecer seu sentido racional; aqui não há razão velada e pura, somente se faz presente à abertura de suas notas em tons menores.
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
The Italian Man who went to Malta
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Um texto de minha autoria: ilógico, antigo e não revisado. Péssimo!
A banalização da mentira
Todo comprometimento irreal com a face varonil, denotou as correlações encontradas em gotejos impactantes de sabedorias mil, pelas quais e, indubitavelmente, a mídia nacional implanta nas mentes e afetividades juvenis. Como se uma relação imensa, e por muitas vezes intensa, entre o poder contratual e a forma residual, ambos contidos nos conselhos extensos de uma massa dominante, ocupasse a total vivência extra-canônica de nossos filhos que, só enxergam a plenitude da beleza macaqueada, em barreiras de toda via extra-conjuntural. Essas convicções são demonstradas pelos anos de torturas impostas por aqueles que tomam como grande meta um poder incondicional, regido pela base metafísica de uma vontade comum pela inferência da facticidade.
Se com uma idealização titular das coisas, os nossos jovens podem ser transformadores e apostolados contra um ideal minoritário, por que tantas leis, impostas por imagens e palavras brandas, podem trazer a banalidade para toda existência em seus primeiros momentos no mundo? Será que por este caminho se desmonta um grande, e nada precioso, caso de alienação? Ou será que é possível uma resposta mais árdua para todas as indagações inseridas nas palavras de quem consegue ver através dos olhos longínquos do senso (in)comum? Várias questões a discutir, mas todas giram em torno de um único eixo: a incoerência humana em detrimento das relações entre os seres.
Absorta está toda a forma de amar, e desnutrida está uma porção da adoração real pela harmonia central, desvinculada do moto perpétuo mencionado por nossos temerosos pais. Tudo que era belo em plenitude ontológica, tornou-se apenas uma capa ilusória, que só mostra as agradabilidades de seres promovidos de fantasias que cobrem todas as suas vidas. São benevolências compostas de estranhas constatações intramundanas, que não transcendem nenhum tipo de amor sincero pela inteligência conciliadora; somente admiram a aparência burra e os momentos fracos da diversão, precedentes a uma solidão tristonha dos corações. É daí que vem o grande vazio mental e existencial.
Se muitos gostam de uma vida mesquinha e sem aprendizados palpáveis, estes estão de parabéns por conquistarem mais um lugar como fantoches de uma sociedade que segue sempre às cegas. Muitos preferem a comodidade da boa vida atual, e as facilidades modernas nos conselhos robotizados: são tão felizes assim; são contentes em todas as suas coisas triviais e factuais que, em linhas gerais, não são mais que pequenos grãos de areia perto de um ensinamento intenso e maciço; aquele que não se faz nos momentos acadêmicos da vida.
Pobre tino ordinário das vidas regozijadas. Destinos comuns são aqueles que formam a grande massa imbecil, que buscam os meios nas pequenas alegrias e em fórmulas constituídas a priori. Um dia tudo irá convergir somente para um único ponto: a dura e cruel realidade da morte, e o apodrecimento das idéias enobrecidas pelos grandes e poderosos controladores do impiedoso capital sentimental de uma vivência que somente se dá no campo existenciário.
Fica no ar o jeito alucinado de amar. Alguns idolatram a impureza insana do corpo, outros condenam a destreza eterna do sábio. Mas qual é a relação correta e impactante do destemido sentimento humano positivo? A afeição fica sempre em qualquer espaço inserido nos sinais afáveis, em uma condição superior. Humanizar é sempre algo acertado nos julgamentos pomposos, em todo esse meio apresentado e discutido nas palavras não tão brandas. Tudo isto não deve passar de uma direção oposta do caminho retrógrado aqui exposto.
Todas as discussões inabaláveis foram polidas dentro de um axioma desnecessário; podemos ser contra toda esta podridão que se desmontou sob a cabeça infantil e tola de adultos que não são mais tão velhos, mas que pretendem alcançar alguma maturidade a partir de conceitos ingênuos dentro de uma convivência rígida. Todos aqueles que louvam a desgraça da futilidade mais obscura de uma falta valorizada de racionalização, merecem um lugar destacado entre os vagões da mesmice contra-cultural, imaculada por idiotas, pelos quais, realizam os seus sonhos em meio ao caos, secreto e escondido pelos multi-meios sociais. Quem sabe um novo olhar, ou uma nova admissão, poderá transformar todas as grandes relações de falta de criatividade, em convivências mais ternas e trépidas em nosso grandioso e valoroso mundo-do-ser-nele-mesmo, fora do sentido anterior inserido na contemporaneidade desde as épocas modernas.
Todos aqueles que se unem em prol de neologismos em seus escritos inexpressivos e tortuosos, sempre conquistam uma alta posição entre os seus, porém, também alcançam um lugar de baixa autenticidade em relação a todos aqueles que sempre usaram o poder e a máxima habilidade existencial para expressar palavras que conquistam os corações e abrem todas as portas cerebrais do ser. Seria como se, uma grande imensidão humana, deixasse cair em um buraco negro micro-espacial; uma solidão inexata seria capaz de formar sujeitos tolos com idéias frágeis, com poucos atos legítimos em sua ilegitimidade branda. É assim que vida fora-nos apresentada, pelos olhares daqueles poucos seres que estão longe de toda e qualquer correlação frágil do conjunto de uma progênie – não existem perguntas para tais noções - instalada no fundamento da compreensão do homem. Todos os conceitos são débeis, portanto, a luz de uma razão inteligível não irá ressurgir em meio às chamas da burrice.
Eduardo A. Bento, 18 de outubro de 2007.