quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Tautologias


Tautologias
(Eduardo Bento)

As mesmas falas,
O mesmo orgulho.
As mesmas caras,
O mesmo barulho.
As mesmas marcas...
As mesmas palavras;
Quantas mesmices em poucos versos.
Quantos versos neste mesmo lugar;
Abruptamente esquecemo-nos de criar,
Delituosamente começamos a ignorar...
Mas o que há de certo em compreender o incerto?
E o “impensar”,
É o não-pensar desastroso de quem tem preguiça de cogitar?
Cogitar? Quantos versos, quanta mentira...
A rima já não é mais tão sobresselente
E excelente é este fardo que carregamos sem amar.

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